DROPS DE AT 2: Autonomia
Maku de Almeida
Membro Didata em Análise Transacional

Na literatura de análise transacional, a obtenção da autonomia se manifesta pela liberação ou recuperação de três capacidades: consciência, espontaneidade e intimidade (Berne, 1964, p. 158). Em contraste, a heteronomia, de acordo com o Oxford English Dictionary, envolve um ser sujeito ao governo de outro ser ou poder. Eu imagino ser um dos muitos que foram inspirados a descobrir que nossos pensamentos, sentimentos e comportamento são tão influenciados por nossa história pessoal e que existem maneiras de egotizar o diálogo que ocorre entre nós e os outros e, na verdade, dentro de nós mesmos. Eu valorizava ser uma “parceira de tratamento” (Jacobs, 1994, p. 41). Tive treinadores e terapeutas cujo estilo era me ajudar, como sugeriu Margaret Mead, a aprender o que pensar e o que não pensar (Mark, 1999, p. 38). No entanto, à medida que fui além de meu espaço terapêutico e do meu espaço de treinamento, lembro-me da atração de me engajar no zelo de partes da comunidade. Parecia que havia alguns para os quais o objetivo da psicoterapia não era apenas fortalecer seu estado de ego Adulto, a fim de "libertá-los da contaminação por elementos arcaicos e estranhos" (Berne, 1961), mas também impor sua versão de como um cliente deveria ser. Para mim, o que parecia ser um convite para catexizar o estado do ego Adulto parecia muitas vezes ser uma intervenção dos Pais e um convite à superadaptação. Meu argumento aqui é que uma avaliação completa e precisa é a chave. Embora Berne (1961) afirme que todos os quatro métodos de diagnóstico de estados de ego são essenciais para criar uma avaliação adequada, a meu ver, o diagnóstico fenomenológico costuma ser esquecido.
Se quisermos evitar um convite à superadaptação à norma do terapeuta, precis